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O BANQUETE: um lugar - nutritivo - de reflexão

"Tô indo no Banquete de Agatão, quer vir junto?" O ano é 385-380 a.C e o convite é feito por Sócrates a Aristodemo, que por sua vez relata a Apolodoro todo o embate reflexivo que presenciou. Alguém decide em algum momento - após o jantar - como habitualmente acontecia, que o assunto a ser discutido deveria ser Eros (deus do amor, força vital - presente em todas as culturas, em todos os tempos). A partir daí organiza-se uma sequência de discursos na perspectiva de cinco convidados: Fedro, Pausânias, Erixímaco, Aristófanes, Sócrates e o anfitrião Agatão.



O Banquete de Platão é uma construção literária e filosófica permeada de propostas reflexivas. Através das ideias progressivamente apresentadas, resulta num belíssimo texto cuja questão principal é o embate entre a poesia - defendida por Agatão - e a filosofia - defendida por Sócrates. Dá pra sentir o climão; briga de cachorro grande e por isso mesmo memorável.


Dos seis discursos aproprio-me e faço um recorte de um: Aristófanes que propõe apresentar Eros pela alegoria do andrógeno. Neste mito, em princípio, nós - mortais humanos - éramos seres integrais; nos bastávamos. Maravilha!

Nossa autossuficiência atingiu níveis de petulância que Zeus, indignado, decide punir nossa emancipação partindo-nos ao meio: daí surge o ser feminino e masculino - separadamente. Da fúria de Zeus, surge nossa condenação: já não nos bastamos mais. Condenados a buscar o que nos falta, partimos para uma eterna busca insconciente. De ser integral a ser desejante. Aí está Eros, na visão de Aristófanes.


Ponto final? Não! A história continua bem aqui. O BANQUETE: mesa para dezesseis.

De ser desejante a ser integrante.


O Banquete é uma ação em arte/educação. Por trajetos e deslocamentos culturais propor encontros e degustação de pontos históricos. Degustar a história coletiva e particular; pelo prazer do encontro (re)conhecer(-se). O Banquete propõe vivências poéticas através das relações sociais. Para saber mais O Banquete


Se em outros tempos, estar em busca era motivo de angústia, hoje, não mais. Não é na unidade fundamental que nos bastamos, mas sim nas experimentações, nas trocas, na busca, nos reconhecimentos. Eros pelo olhar dos convidados de O BANQUETE: mesa para dezesseis


"Eros já estava atuando há algum tempo, tecendo sua enorme manta de cores, formas, luzes, brilhos, matizes... Unindo crenças, despertando alegria, colhendo sorrisos...

Plantou desejos, ideias, vontades... E a cesta da colheita será farta! Como é bom se descobrir no que é belo, como é encantador se ver no outro! Somos todos um, na infinidade da vida, nos eternos encontros." S.C.T.


Nos bastamos, sim. Mas transbordar é sensacional! Até o próximo!

Convidados - inesquecíveis - do 1o. O BANQUETE na Casa de Vidro de Lina Bo Bardi: Angélica, Clara, Sarah, Adriana, Sra. Carmen, Inês, Alexandre, Reiko, Dioneia, Sabrina, Carmen Luci, Sra. Midori e Bia.




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